Prévia - BRINK - PS3

Você pode achar que o gênero de tiro em primeira pessoa está saturado com tantos jogos lançados nos últimos anos. Alguns trazem narrativas refinadas, outros violência, conflitos éticos e apresentações cinematográficas de ponta, entretanto a maioria se restringe à mesma fórmula e jogabilidade. Mas a desenvolvedora Splash Damage — responsável por games como Return to Castle Wolfenstein: Enemy Territory e Enemy Territory: Quake Wars — virá com toda a sua força no ano que vem, prometendo revolucionar os conceitos de imersão e jogabilidade. O projeto da vez é Brink, um First Person Shooter.
Saltos e balas
A primeira coisa que capturará sua atenção neste jogo é a qualidade gráfica, altíssima e repleta de efeitos especiais, mas não se deixe enganar, pois por baixo disso existe um universo de inovação.
Campanha multi ou single player
Mergulhando um pouco nos recursos de Brink, nos deparamos prontamente com os modos de jogo. Se você não dispõe de uma boa conexão com a internet, fique tranquilo, pois há um modo de campanha para apenas um jogador, contando com inteligência artificial de ponta e muita variação para as missões. Mas é online que o jogo exibe seu máximo potencial, através da campanha cooperativa para até oito jogadores, simultaneamente.
Já era!
Ao se conectar ao servidor, você inicia uma missão com todos os companheiros. O detalhe é que cada um está em um ponto da história ou com uma missão diferente a ser realizada. Entretanto, por mais maluco que o conceito pareça, a Splash Damage agrupa todos em um mesmo mapa e o resultado é uma partida frenética. Desta aproximação inusitada à construção de campanhas, temos um resultado que nunca se repetirá, graças às diferentes abordagens dos jogadores. Você também pode interferir diretamente no que acontecerá adiante, escolhendo se vai explodir uma passagem para criar um atalho, se vai apenas matar esquadrões inimigos ou se ficará dando suporte.
Decidindo seu percurso
Não faz tempo que Mirror's Edge foi lançado, mas a sua influência sobre o gênero de tiro em primeira pessoa já é extremamente notável. Brink também é um dos títulos que entram nesta onda, apostando na mobilidade do seu personagem para aumentar ainda mais a sensação de imersão e a dose de adrenalina. Basta olhar, mirar e correrEntretanto, o game da Splash Damage faz isso de uma forma completamente diferente: pelos movimentos de câmera. Imagine que você está correndo pela lateral de um prédio com inimigos perseguindo-o. À sua frente está um cano. Como fazer para decidir entre saltar por cima do objeto ou deslizar por baixo? Em outros jogos botões definiriam a sua ação. Em Brink, basta você olhar para cima ou para baixo e seu personagem fará tudo automaticamente. Isso vale para saltos de prédios, escalar paredes ou até mesmo pontes. O sistema foi apelidado de S.M.A.R.T., ou “Smart Movement Across Random Terrain”. Esta forma de controle abre novas possibilidades para a interação com o cenário e faz com que o foco seja realmente a sua mira e os objetivos, não os botões que devem ser pressionados. Ainda não sabemos o quão calibrado o sistema está, mas pelos vídeos é possível perceber que os jogadores não tem qualquer dificuldade de deslocamento pelos cenários.
Perfil de ataque definido
Outro fator presente em Brink é o gerenciamento de diversas classes de personagens. São quatro ao todo, abrangendo agentes (Operative), médicos (Medic), soldados (Soldier e engenheiros (engineer). Cada uma delas garante acesso a diversas habilidades, velocidades no campo de combate e afinidades com armas. General, nós temos um problemaTudo isso pode ser alterado ou melhorado através do uso dos pontos de experiência. Esta experiência é obtida de diversas maneiras, as quais vão desde o assassinato das forças inimigas (ou dano causado) até o cumprimento de missões. Obviamente, as habilidades e os equipamentos disponíveis para cada uma delas são bem distintos. Ao selecionar a classe de soldado, por exemplo, o personagem ganha acesso instantâneo a diversos tipos de cargas explosivas e armas muito pesadas, como o lança-granadas. A troca entre estas classes é curiosa: você prossegue até um terminal de computador, operado por meio de um menu circular, e seleciona todas as características, tudo isso com inimigos ou colegas passando ao fundo.
Baderna no multiplayer
Brink é um dos jogos que mais passam a sensação de desorientação causada pelo número de balas e explosivos voando pelos ares. É tanta coisa acontecendo de uma só vez que o maior foco do jogador deve ser a sua própria sobrevivência. Além disso, os cenários não são nada planos e uniformes (como vistos em outros jogos do gênero): de uma escada do topo da construção é possível saltar direto para baixo, caindo em uma sala com um terminal. Depois de mudar de classe e sair do local, você pode parar em uma ponte para matar um esquadrão inimigo que está vindo de cima.
O problema é que quem está embaixo também pode metralhá-lo à vontade. É melhor ficar de olho e ser muito veloz para não morrer o tempo todo. Esta abordagem à modelagem dos cenários estimula os jogadores a se moverem com muita agilidade, o que é um complemento excelente ao sistema SMART, descrito acima.
Dedicação total
O estúdio é inegavelmente mais experiente no desenvolvimento de jogos para computadores, tanto é que, quando a equipe decidiu embarcar no desafio de criar Brink como um jogo multiplataforma, ficou claro que era necessário recorrer a pessoas com mais experiência, principalmente no que tange a criação para PlayStation 3. Eles buscaram feras como Neil Alphonso (de Killzone 2) e Dean Calver para chegarem à qualidade requerida. Ed Stern, um dos chefes de design chegou a citar em entrevista que a empresa teve que crescer (em número e qualidade) para dar conta do recado.
Pelo visto, eles estão progredindo muito bem. Brink é um dos jogos que mais prometem para 2010 e nós estaremos ansiosos por mais novidades. O lançamento está previsto para o segundo trimestre do ano.

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