Especial - Sistema de classificação etária dos games

Você conhece este selo?Provavelmente, seus pais já disseram a seguinte frase: “Esse jogo é muito violento”. Esta fiscalização é algo extremamente comum, muitas vezes útil para a formação dos cidadãos dentro de uma sociedade. Entretanto, existem limites. Muitas vezes, a censura é totalmente desnecessária e até mesmo infundada. Assim como para as ações de nossa vida, também existem órgãos que são responsáveis pela fiscalização do entretenimento que chega aos lares. Talvez um dos exemplos mais palpáveis seja a classificação de filmes e programas para TV. Há alguns anos, a televisão brasileira abraçou completamente esta fiscalização e, logo no início dos programas, nota-se a classificação etária. Mas, obviamente, os video games não ficam de lado. Pensando nisso, só Playstation resolveu publicar este especial para informar um pouco mais como funciona a classificação etária em nosso país e no exterior. Além disso, selecionamos alguns games que contam com classificações contestadoras. Vamos lá!
O início de tudo
Bem, durante os primórdios dos video games, a fiscalização era praticamente inexistente. Sendo assim, era comum ver alguns jogos realmente picantes ou com propostas totalmente aéticas. Um dos casos mais famosos é Custer’s Revenge, lançado para Atari 2600 em 1982. Como muitos sabem, neste game, o General Custer tinha de se vingar dos indígenas norte-americanos, desviando de ataques até alcançar uma moça do outro lado da tela. Mesmo deixando bem claro na capa que se tratava de um jogo para adultos, houve uma controvérsia gigantesca. Tudo isto porque Custer e a índia apareciam completamente nus no jogo e, quando o personagem atingia o objetivo, era exibido um ato sexual “pixelizado”. Este não era o único título que chamava a atenção de pais e certas entidades. Mas, somente após quase uma década um grupo decidiu dar um basta nas desenvolvedoras sem escrúpulos. A decisão foi criada graças ao alarde gerado por dois jogos: Night Trap e Mortal Kombat. Nascia a ESRB.
Quem não se lembra de Mortal Kombat?
Entertainment Software Rating Board
Certamente, você deve conhecer este órgão, que deixa sua marca em todos os jogos de origem estadunidense. Mas, conforme mencionamos, seu surgimento deve-se aos jogos citados anteriormente. Mortal Kombat dispensa comentários. Neste jogo de luta, a brutalidade era intensa, com sangue, decapitações e desmembramentos por toda a parte. E, como o game foi aclamado pelos jogadores e crítica, resolveu-se tomar uma decisão para evitar que jogos como este caíssem na mão de crianças. Mas, vale ressaltar também o mencionado Night Trap. Provavelmente você nunca ouvir sequer falar deste game. Trata-se de um jogo no estilo FMV, no qual são exibidos filmes e o jogador controla a cenas através de comandos específicos, como num filme interativo. Lançado em 1992 para o saudoso Sega CD, o game da Digital Pictures contava com um elenco de atrizes e atores jovens, e trazia uma espécie de filme de terror para os videogames. O jogador assumia uma espécie de diretor, que tinha de comandar as cenas e gerar armadilhas que poderiam alterar permanentemente o curso dos participantes. O objetivo era proteger as jovens de terríveis e misteriosos homens que roubavam sangue humano com uma máquina assustadora. Durante a jornada, ocasionalmente ocorriam mortes. E, quase que como nos filmes de terror, mas de modo muito mais “light”, havia momentos de desespero e até agonia. Diversos personagens falecem de modo quase brutal, atacados pelos “homens de preto” e suas furadeiras que coletam sangue. Há uma cena em especial em que uma das personagens é atacada no banheiro. Esta parte do game ficou marcada na história, pois foi constantemente debatida por políticos e formadores de opinião da época. Mas, se observamos o clipe nos dias atuais, notamos facilmente que não havia praticamente nada de tão impressionante, pelo menos em relação aos padrões desta geração.
Esta cena, assim como o produto da Midway, Mortal Kombat, levou um grupo de pais a criar a famosa ESRB, que ainda atua no mercado como um dos principais órgãos de classificação do universo dos games. Depois do surgimento desta companhia, as desenvolvedoras passaram a tomar mais cuidado com seus games, pois, obrigatoriamente, todos os jogos seriam enviados ao órgão para análise. Basicamente, as softhouses enviam cópias ou vídeos de seus jogos para a ESRB, que assiste e analisa para julgar qual classificação é a mais adequada. Ao todo, existem seis tipos de selos diferentes, variando desde Everyone (Livre) à Adults Only (Somente para Adultos). Em países como os Estados Unidos, a fiscalização é rígida. Lojas de games são proibidas de vender jogos com classificação que não condiz à idade do comprador. Isto é regra, e, caso seja descumprida, pode levar a multas catastróficas. E, depois de classificados, todo o material relacionado aos jogos deve conter o selo da ESRB, como comerciais, pôsteres e outras mídias. Para evitar que muitos de seus jogos fiquem nas prateleiras — aguardando até que uma parcela do público os adquira — as desenvolvedoras muitas vezes acabam deixando o jogo “mais leve” depois de receberem uma classificação. Se um jogo é classificado como Mature (Somente para maiores de 17 anos), por exemplo, algumas softhouses preferem retirar ou alterar alguns elementos para que ele se encaixe no padrão dos jogos Teen (Adolescentes maiores de 13 anos). Malandragem Um dos exemplos mais famosos é Grand Theft Auto: San Andreas, que recebeu classificação máxima da ESRB: Adults Only (Somente para maiores de 18 anos). Vale ressaltar que nenhuma das três grandes marcas de console — Sony, Nintendo e Microsoft — permite que jogos com esta classificação sejam lançados em seus consoles. O grande problema para a Rockstar North, responsável pelo game, surgiu quando o minigame intitulado Hot Coffee foi descoberto. Trata-se de uma modificação que acabava revelando cenas de sexo dentro do jogo, em momentos em que, subjetivamente, o personagem namorava. Com isto, a companhia teve de tomar diversas providências, retirando a possibilidade de executar este minigame, que já estava presente no game, e lançando uma nova versão do jogo.
E no Brasil?
No Brasil, os jogos são classificados pelo Ministério da Justiça. Obviamente, como o país ainda vive muito da importação, alguns títulos chegam ao nosso país com o selo da ESRB. Entretanto, quando os games são produzidos aqui, é possível notar as estampas que indicam a classificação etária de cada game. O DJCTQ (Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação) começou a classificar jogos em 2002. Em 2004, o órgão já havia classificado mais de 2,1 mil jogos eletrônicos, seja para computadores ou consoles. Se você deseja saber quais títulos foram filtrados pelo DJCTQ, basta acessar o site oficial clicando aqui. Confira abaixo as informações sobre cada um dos selos de classificação do DJCTQ: LivreLivre para todos os públicos O filme e/ou programa de TV pode ser assistido por qualquer pessoa e não possui conteúdo inapropriado.
10 anosNão recomendado para menores de 10 anos O filme e/ou programa de TV é recomendado para pessoas com mais de 10 anos e pode conter linguagem depreciativa e obscena, ameaças, agressões física ou verbal, insinuação de consumo de drogas.
12 anos Não recomendado para menores de 12 anos O filme e/ou programa de TV é recomendado para pessoas com mais de 12 anos de idade e pode conter nudez velada, insinuação de sexo, linguagem e gesto obsceno, erotismo, exposição de pessoas em situação constrangedora ou degradante, narração detalhada de crime e atos agressivos, agressão física ou verbal (assassinato velado ou maus-tratos de animais, por exemplo), exposição de cadáver, insinuação de consumo de drogas lícita e ilícita.
14 anos
Não recomendado para menores de 14 anos O filme e/ou programa de TV é recomendado para pessoas com mais de 14 anos de idade. Pode conter nudez, relação íntima, linguagem obscena e degradante em excesso, violência (agressão física e verbal, assassinato, tortura e suicídio), consumo de drogas ilícitas, consumo repetido e explícito de drogas lícitas. Não pode iniciar sua exibição antes das 21h00. 16 anos
Não recomendado para menores de 16 anos O filme e/ou programa de TV é proibido para menores de 16 anos de idade. Pode conter relação sexual, nudez e carícias íntimas, violência detalhada (assassinato, agressão física, tortura, estupro, mutilação, abuso sexual), consumo explícito de drogas ilícitas, indução ao uso de drogas. 18 anos
Não recomendado para menores de 18 anos
O filme e/ou programa de TV é proibido para menores de 18 anos. Pode conter sexo explícito, pornografia, violência excessiva (assassinato, tortura, estupro, suicídio, mutilação, exposição detalhada de cadáveres), consumo explícito e repetido de drogas ilícitas. Também é usado para classificar filmes e programas pornográficos.
ER
ER (Especialmente recomendado para crianças e adolescentes) Não contém nenhum conteúdo impróprio, mas seu entendimento será mais fácil para crianças maiores(9-12 anos) e adolescentes.
Quem classificou isto?
Certamente, os órgãos fazem de tudo para orientar o cliente antes da compra, indicando elementos presentes no jogo e até mesmo a faixa etária adequada para certos tipos de game. Contudo, existem momentos em que alguns deslizes passam despercebidos, além de jogos que saem com uma classificação esquisita. Se pararmos para observar, muitos jogos não merecem a classificação estampada em suas embalagens. Um dos casos mais famosos é a série Halo, exclusiva da Microsoft. Jogadores do mundo todo consideram o jogo um game tranquilo por não conter sangue e nem qualquer vestígio de brutalidade (decapitações e desmembramentos) e cenas de sexo. Mesmo assim, o jogo é catalogado como Mature (Maiores de 17 anos). Felizmente, no Brasil, a indicação é 16 anos. Existem dezenas de títulos que se encaixam nesta situação. Para finalizar nosso especial, resolvemos deixar que você indique quais jogos deveriam ser classificados novamente. Não deixe de comentar . E aproveite: este artigo é de classificação livre.
Ele queria ser adolescente, mas acabou sendo chutado

Sony começa distribuição oficial dos produtos PlayStation no Brasil.

Agora é oficial, a Sony Brasil já está vendendo oficialmente os consoles e jogos da linha Playstation no Brasil. Essa é a primeira vez que a tradicional empresa japonesa distribui os famosos consoles oficialmente em terras tupiniquins. Ele chegou... meio atrasado!Por enquanto a loja online da Sony lista apenas o console PS2 (com preço sugerido de R$ 799,00) e alguns títulos do catálogo da plataforma e do Playstation 3. De acordo com a loja da Sony, a compra do PS2 pode ser parcelada em até dez vezes, com juros de 2,99% ao mês — o que leva o preço final a 912,3 reais. Vale lembrar que atualmente o PS2 é vendido em várias lojas do varejo por preços que variam de 499 a 1300 reais — sendo que nos Estados Unidos o preço sugerido é de US$ 99,00. Quanto aos jogos, os títulos do PS2 têm valores sugeridos de R$ 99,00 — focando-se na linha Greatest Hits —, entre os destaques estão: Killzone, Shadow of the Colossus, God of War e SOCOM 3: U.S. Navy Seals. Já o catálogo do Playstation 3 — também baseado nos Greatest Hits — traz títulos como LittleBigPlanet, Resistance: Fall of Man, Gran Turismo 5 Prologue e Lair, com preços que vão de 199 a 249 para os games mais novos. A Sony ainda não revelou quando o console Playstation 3 será comercializado oficialmente no Brasil, e apesar de ter confirmado que trará mais jogos para o pais, ainda não definiu nenhuma data ou a forma dessa operação. Existindo a possibilidade importar-se ou fabricar localmente os produtos — fato que diminuiria consideravelmente os preços finais por conta da incidência de impostos reduzida sobre as plataformas e jogos.

Prévia - Scorge Project - PS3

O Scorge Project ainda está vivo e já tem até data de lançamento. O estúdio espanhol, Tragnarion, confirmou que o jogo deverá chegar ao PC, Xbox 360 e Playstation 3 ainda em dezembro desse ano. Para quem não lembra, o jogo utiliza a Unreal Engine 3 e será comercializado no formato de dois episódios. O foco da ação em terceira pessoa de Scorge Project é o elemento multiplayer cooperativo, com suporte para até quatro usuários nas partidas locais e 16 (multiplayer online). A primeira plataforma a receber o jogo é o PC, através do sistema de distribuição digital Steam (em dezembro desse ano) seguido pelo Xbox 360 e PlayStation 3 (em março de 2010).
Já to chegando galeera!

Prévia - BRINK - PS3

Você pode achar que o gênero de tiro em primeira pessoa está saturado com tantos jogos lançados nos últimos anos. Alguns trazem narrativas refinadas, outros violência, conflitos éticos e apresentações cinematográficas de ponta, entretanto a maioria se restringe à mesma fórmula e jogabilidade. Mas a desenvolvedora Splash Damage — responsável por games como Return to Castle Wolfenstein: Enemy Territory e Enemy Territory: Quake Wars — virá com toda a sua força no ano que vem, prometendo revolucionar os conceitos de imersão e jogabilidade. O projeto da vez é Brink, um First Person Shooter.
Saltos e balas
A primeira coisa que capturará sua atenção neste jogo é a qualidade gráfica, altíssima e repleta de efeitos especiais, mas não se deixe enganar, pois por baixo disso existe um universo de inovação.
Campanha multi ou single player
Mergulhando um pouco nos recursos de Brink, nos deparamos prontamente com os modos de jogo. Se você não dispõe de uma boa conexão com a internet, fique tranquilo, pois há um modo de campanha para apenas um jogador, contando com inteligência artificial de ponta e muita variação para as missões. Mas é online que o jogo exibe seu máximo potencial, através da campanha cooperativa para até oito jogadores, simultaneamente.
Já era!
Ao se conectar ao servidor, você inicia uma missão com todos os companheiros. O detalhe é que cada um está em um ponto da história ou com uma missão diferente a ser realizada. Entretanto, por mais maluco que o conceito pareça, a Splash Damage agrupa todos em um mesmo mapa e o resultado é uma partida frenética. Desta aproximação inusitada à construção de campanhas, temos um resultado que nunca se repetirá, graças às diferentes abordagens dos jogadores. Você também pode interferir diretamente no que acontecerá adiante, escolhendo se vai explodir uma passagem para criar um atalho, se vai apenas matar esquadrões inimigos ou se ficará dando suporte.
Decidindo seu percurso
Não faz tempo que Mirror's Edge foi lançado, mas a sua influência sobre o gênero de tiro em primeira pessoa já é extremamente notável. Brink também é um dos títulos que entram nesta onda, apostando na mobilidade do seu personagem para aumentar ainda mais a sensação de imersão e a dose de adrenalina. Basta olhar, mirar e correrEntretanto, o game da Splash Damage faz isso de uma forma completamente diferente: pelos movimentos de câmera. Imagine que você está correndo pela lateral de um prédio com inimigos perseguindo-o. À sua frente está um cano. Como fazer para decidir entre saltar por cima do objeto ou deslizar por baixo? Em outros jogos botões definiriam a sua ação. Em Brink, basta você olhar para cima ou para baixo e seu personagem fará tudo automaticamente. Isso vale para saltos de prédios, escalar paredes ou até mesmo pontes. O sistema foi apelidado de S.M.A.R.T., ou “Smart Movement Across Random Terrain”. Esta forma de controle abre novas possibilidades para a interação com o cenário e faz com que o foco seja realmente a sua mira e os objetivos, não os botões que devem ser pressionados. Ainda não sabemos o quão calibrado o sistema está, mas pelos vídeos é possível perceber que os jogadores não tem qualquer dificuldade de deslocamento pelos cenários.
Perfil de ataque definido
Outro fator presente em Brink é o gerenciamento de diversas classes de personagens. São quatro ao todo, abrangendo agentes (Operative), médicos (Medic), soldados (Soldier e engenheiros (engineer). Cada uma delas garante acesso a diversas habilidades, velocidades no campo de combate e afinidades com armas. General, nós temos um problemaTudo isso pode ser alterado ou melhorado através do uso dos pontos de experiência. Esta experiência é obtida de diversas maneiras, as quais vão desde o assassinato das forças inimigas (ou dano causado) até o cumprimento de missões. Obviamente, as habilidades e os equipamentos disponíveis para cada uma delas são bem distintos. Ao selecionar a classe de soldado, por exemplo, o personagem ganha acesso instantâneo a diversos tipos de cargas explosivas e armas muito pesadas, como o lança-granadas. A troca entre estas classes é curiosa: você prossegue até um terminal de computador, operado por meio de um menu circular, e seleciona todas as características, tudo isso com inimigos ou colegas passando ao fundo.
Baderna no multiplayer
Brink é um dos jogos que mais passam a sensação de desorientação causada pelo número de balas e explosivos voando pelos ares. É tanta coisa acontecendo de uma só vez que o maior foco do jogador deve ser a sua própria sobrevivência. Além disso, os cenários não são nada planos e uniformes (como vistos em outros jogos do gênero): de uma escada do topo da construção é possível saltar direto para baixo, caindo em uma sala com um terminal. Depois de mudar de classe e sair do local, você pode parar em uma ponte para matar um esquadrão inimigo que está vindo de cima.
O problema é que quem está embaixo também pode metralhá-lo à vontade. É melhor ficar de olho e ser muito veloz para não morrer o tempo todo. Esta abordagem à modelagem dos cenários estimula os jogadores a se moverem com muita agilidade, o que é um complemento excelente ao sistema SMART, descrito acima.
Dedicação total
O estúdio é inegavelmente mais experiente no desenvolvimento de jogos para computadores, tanto é que, quando a equipe decidiu embarcar no desafio de criar Brink como um jogo multiplataforma, ficou claro que era necessário recorrer a pessoas com mais experiência, principalmente no que tange a criação para PlayStation 3. Eles buscaram feras como Neil Alphonso (de Killzone 2) e Dean Calver para chegarem à qualidade requerida. Ed Stern, um dos chefes de design chegou a citar em entrevista que a empresa teve que crescer (em número e qualidade) para dar conta do recado.
Pelo visto, eles estão progredindo muito bem. Brink é um dos jogos que mais prometem para 2010 e nós estaremos ansiosos por mais novidades. O lançamento está previsto para o segundo trimestre do ano.
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