Lançamento-Modnations Racers-Play3





Com o sucesso de LittleBigPlanet e as crescentes funcionalidades online dos consoles de sétima geração, os desenvolvedores descobriram um novo gênero o “Play, Create, Share” (jogar, criar e compartilhar).

Na verdade nãos e trata de um gênero em si, mas de um conceito próprio da geração das redes sociais virtuais, uma ideia que aposta no desejo dos usuários de explorar o conteúdo do jogo de formas diferentes, criando novas possibilidades para depois compartilhar tudo com seus amigos.

ModNation Racers é mais um exemplo prático desse princípio. Como em LittleBigPlanet, o cerne da jogabilidade está em criar o seu personagem, desenvolver níveis (no caso de ModNation Racers são pistas) e apresentar suas obras para o resto da comunidade de jogadores.

Agora, United Front Games — desenvolvedora do jogo — apresentou novos detalhes da produção (uma exclusividade do PlayStation 3) que já considera como um “sucessor espiritual” do excelente LittleBigPlanet.





Conhecendo o traçado

Como era de se esperar um dos principais elementos do jogo é o seu editor de pistas. Essa ferramenta permite que o jogador construa o seu circuito do zero determinando inúmeras características a começar pelo próprio terreno.

Quem sabe assim Jacarepaguá volte a brilhar
Você poderá erguer montanhas ou escavar vales que irão abrigar a sua pista. O jogo também oferece 29 estilos de terrenos pré-definidos, o que facilita muito todo o processo de edição.

O mais interessante é que por maior que seja a empreitada tudo se desenvolve de forma muito simples, as ferramentas estão organizadas de forma coerente e a utilização destas é extremamente intuitiva. Tudo é explicando de antemão através de uma série de “etiquetas” que explicam de forma rápida a função de cada item presente na tela.


De volta ao editor, o terreno pode ser “povoado” com terra, areia, plantas, árvores, animais e outras peculiaridades através de uma espécie de “spray” que borrifa os elementos dentro do cenário. Outro ponto interessante é que se o jogador estiver com pressa, ou se simplesmente não estiver interessado em participar de todo o processo de criação o próprio computador irá inserir esses componentes na pista.

Terminado o projeto basta então promovê-lo na comunidade, para tanto você deverá tirar uma foto da sua obra, que servirá de “thumbnail” para divulgá-la dentro da comunidade de jogadores. Você também pode tirar outras fotos para enfeitar a sua XMB.

Test-drive

Ao contrário do que muito poderia pensar — uma excelente ferramenta de criação e uma jogabilidade horrível — acelerar na pista é tão divertido quanto criar os circuitos. Os “carrinhos” enfeitados e os personagens (tão carismáticos quanto os sackpersons de LittleBigPlanet) formam um conjunto perfeito que certamente deve subir no lugar mais alto do pódio.

Pimp my ride
Fãs do estilo Mario Kart de pilotagem não vão se decepcionar com a dirigibilidade e folia de ModNation Racers. Os carros respondem com precisão e os controles são relativamente aprofundados, sem contar que os efeitos de movimento realmente passam a sensação de velocidade.

Os comandos básicos estão todos lá, bem como alguns elementos mais avançados como os famosos drifts. Por sinal, ao executar com sucesso a manobra (os drifts) você irá encher gradualmente uma barra que quando completa irá liberar uma breve explosão de velocidade (um boost).

Esse medidor também serve como escudo. Além de armazenar energia para o seu boost, os drifts também energizam um escudo que reflete os ataques inimigos e outros perigos da estrada. Por falar em perigos, os jogadores também poderão coletar armas itens especiais ao longo da pista (no melhor estilo Mario Kart).

Cada armar ou vantagem (boosts, mísseis, raios e outros afins) podem ser aprimorados em até três níveis de poder. O primeiro nível da arma sônica cria um raio de ação capaz de empurrar oponentes para fora da pista, já o terceiro nível da tempestade de relâmpagos irá enegrecer os céus para despejar uma torrente de raios sobre seus inimigos.

ModNation Racers ainda não tem data de lançamento definida, mas espera-se que o jogo chegue às lojas ainda este ano, durante a primavera setentrional (o nosso outono), sendo que a versão beta de testes já está rolando na PlayStation network (para alguns poucos afortunados).

Lançamento-M.A.G-Play3




A internet, sem dúvidas, colaborou muito para a experiência nos video games. Muito se deve ao primeiro Xbox que, com o serviço Xbox LIVE, fez com que milhares de jogadores participassem de partidas online de modo decente. Nesta geração, os recursos online são quase indispensáveis, e boa parte dos jogos oferece algum tipo de conteúdo para download ou modos multiplayer que permitem jogatinas ao redor do mundo.


No PC, o mesmo acontece, mas em proporções muito maiores. Basta observar os grandes sucessos do gênero MMO — jogos de multiplayer em massa — e notaremos que nesta plataforma as possibilidades já superam as propostas dos consoles de mesa. Mas, felizmente, isto parece estar mudando.

Uma das provas de que os consoles estão num nível semelhante aos PCs vem com o game M.A.G. — ou Massive Action Game. Exclusivo para PlayStation 3, o título traz uma proposta inédita: colocar 256 jogadores em conflito. Mas, ao contrário do que se pode imaginar, não se trata de um game no estilo MMORPG, mas de um FPS.

Felizmente, o Só Playstation pôde conferir de perto como está a promessa da Zipper Interactive, companhia responsável pelo desenvolvimento do título. Na versão beta, disponibilizada via PlayStation Network, já é possível notar que realmente estamos tratando de um game de peso. Que comece a verdadeira guerra.






Gigante é a palavra


Realmente, MAG relembra muito uma guerra em suas grandes proporções. Mas, antes de embarcarmos nos detalhes, vamos aos passos iniciais. Antes de entrar no campo de batalha, o jogador deve criar seu personagem. Para isso, basta clicar na opção “Create a New Character”.

Logo depois disto, o jogador será apresentado a uma tela na qual é possível escolher o tipo de rosto de seu personagem e sua voz. Existem diversas opções diferentes, envolvendo etnias e formatos distintos. Entretanto, o sistema de customização não permite uma personalização mais avançada, impedindo que o jogador altera a posição dos olhos e do nariz, por exemplo.

O jogador tem a chance de escolher qualquer uma das três facções disponibilizadas pelo game. Obviamente, cada uma dela conta com suas características diferentes. Um dos grupos é nomeado Valor. Há também os Raven e os rebeldes identificados como S.V.E.R. Basta verificar as informações e optar pela qual acha mais adequada.
Pronto para a batalha
Depois disto, você finalmente é introduzido ao menu principal do game. Nesta seção, o jogador encontrará várias opções diferentes. Você pode configurar o game no menu Options e ainda verificar os extras do jogo na parte Extras. Há ainda Barracks, o qual apresenta diversas informações extremamente importantes para o gamer, como o ranking, as habilidades, conquistas e status.

Assim como a série Modern Warfare, o jogo oferece uma série de skills (habilidades) diferentes, as quais são obtidas com pontos que podem ser conquistados durante as partidas, conforme o desempenho do jogador. Estas habilidades incluem reloads mais rápidos e trocas mais ágeis, além de muito mais.

Há também a opção Armory. Neste menu, o jogador pode selecionar quais armas irá utilizar durante o jogo. É possível criar até cinco combinações diferentes e cada uma delas possui elementos como armas primárias, secundárias, pesadas, um equipamento especial e trajes. Trata-se de algo semelhante ao “Create a Class” de Modern Warfare.

Uma nova guerra

Por fim, o jogador pode finalmente embarcar no game. Para isto, basta ir até a opção Deploy e selecionar um dos modos disponíveis. Inicialmente, o jogador terá acesso apenas ao modo treino — que não envolve tutoriais práticos, apenas uma série de textos — e a modalidade Sabotage.

Neste modo supracitado, o jogador tem como objetivo proteger ou destruir determinadas bases que são demarcadas no mapa do jogo. Ao iniciar a partida, o jogador escolhe um dos seus armamentos e o ponto no qual deseja surgir. Depois disto, basta aguardar até que a pancadaria comece.

A jogabilidade de M.A.G. é simples e intuitiva. Qualquer um que já jogou um jogo do gênero se sentirá familiarizado com o sistema de controles. O jogador utiliza os botões L1 e R1 para mirar e atirar, respectivamente. Com o botão R2, o gamer troca de armas, enquanto o L2 seleciona os equipamentos e as armas pesadas. É possível saltar com o botão X e para correr basta clicar com o direcional analógico esquerdo.

Você notará que seus parceiros são identificados facilmente pelos nomes sobre seus personagens — cuidado, pois o fogo amigo é habilitado no game. Sendo assim, qualquer soldado que não possua um nome, quando avistado à distância, pode ser considerado como um inimigo. Mande bala. Em alguns momentos também os oponentes também aparecem com o nome na cor vermelha.

Com poucos tiros você já consegue deter um inimigo, o que indica que a desenvolvedora realmente prezou pelo realismo. Além disso, sua vida não se restaura automaticamente, conforme ocorre em diversos outros jogos do gênero. Você conta com um medidor de energia que só pode ser preenchido com a ajuda de outro soldado médico.


Uma verdadeira guerra

Definitivamente indicado para fãs do gênero


O bacana de M.A.G. é a impressão de realmente estarmos em uma guerra. Até 256 jogadores podem habitar o mesmo mapa — o modo Sabotage suporta até 64 —, o que garante um ritmo completamente intenso. Dificilmente você andará pelo mapa sem encontrar um oponente. Infelizmente, em algumas ocasiões, é necessário aguardar alguns minutos até finalmente poder entrar na sala.

Em suma, a versão beta de M.A.G. nos deixou ainda mais ansiosos, pois realmente testamos um jogo com uma proposta promissora executada de maneira adequada capaz de dar inveja aos grandes jogos, como Battlefield. Resta aguardar até a versão final, que deve chegar às lojas no dia 26 deste mês, exclusivamente para PlayStation 3. Vá se preparando para a guerra.

God of War 4

Irmão de Kratos pode aparecer em novo God of War.


Ao que tudo indica, God of War 3 deve pôr fim à saga de Kratos nos video games, porém a franquia God of War ainda deve seguir forte. Os jogadores que tiveram a oportunidades de experimentar o título God of War Collection começaram um rumor baseado em um dos troféus presentes no jogo.



Ao jogar o primeiro capítulo da saga em God of War Collection, um troféu intitulado “Legend of the Twins” — que exige a conquista prévia do tesouro, “Birth of the Beast”, é desbloqueado após o término do jogo em qualquer dificuldade. O vídeo “Birth of the Beast” explica a origem de Kratos e seu irmão: conforme ambos crescem em Esparta, na qual as crianças mais fracas eram largadas à própria sorte. Kratos escapa deste destino cruel, mas seu irmão não e parece que ele não gostou nem um pouco do fato de Kratos tê-lo abandonado.

O vídeo e a história não são necessariamente novidades — já que estavam presentes no jogo original, lançado para o PS2 —, no entanto, o fato dos desenvolvedores de God of War Collection considerarem essa história de “fundo” importante ao ponto de render um troféu de prata pode indicar um significado maior.

John Hight revelou em uma entrevista que GoW 3 não é o final da franquia, e mesmo que Kratos não seja o protagonista uma nova edição será produzida. Como tudo não passa de rumores e especulações cada um pode tirar a conclusão que quiser.

Seria essa a deixa para um jogo estrelado pelo irmão de Kratos? De concreto apenas o fato de que todos estamos esperando ansiosos pela estreia da nova aventura do fantasmas espartano nos video games.





 
Zelda e God of War


De fato uma combinação um tanto quanto excêntrica, porém se dependesse de David Jaffe, criador de God of War, as diferenças entre ambas franquias seriam muito menores. Em uma mensagem em seu Twitter, Jaffe (que  atualmente não trabalha mais na continuação da série) revelou que, se estivesse à frente dos novos títulos, teria mesclado características de Zelda para Nintendo 64!


Na visão do criador do incomparável Kratos, o sistema de mundo aberto de Zelda misturado com os combates e puzzles de God of War seria magnífico, amenizando a repetição de botões que os jogadores devem ficar intensamente apertando ao longo da saga.


E você, que destino daria se pudesse renovar a franquia do Deus da Guerra? Deixe seu comentário!!!

Playstation 4?

É isso aí e ele pode contar com CPU multi-core.


Seguro morreu de velho. Mesmo admitindo que o PS3 ainda terá uma vida bem longa pela frente, a Sony já começa a estudar novas possibilidades para o seu sucessor. Segundo Hiroshige Goto — renomado jornalista japonês especializado em tecnologia — os planos da Sony para o suposto PlayStation 4 incluiriam uma reformulação estrutural da plataforma, passando pela substituição do chip Cell.

E aí, gostou?Depois de cogitarem a possibilidade de utilização do uso conjunto do Cell com o Larrabee da Intel, os engenheiros da Sony parecem já ter definido um novo rumo para o desenvolvimento da nova plataforma. Ao que tudo indica, a empresa japonesa considera a utilização de uma CPU multi-core (com vários núcleos). O boato ganha força na medida em que o provável PS4 estaria apto a receber a nova geração de processadores da IBM, os Power 7.

Por enquanto tudo não passa de especulação, sendo que as futuras gerações de consoles ainda devem demorar um pouco para aparecer — com alguns analistas prevendo os primeiros esforços “reais” nesta direção somente em 2013.

Análise - The Saboteur - Ps3

Um inusitado combatente da Resistência Francesa e sua guerra pessoal contra os nazistas. 


Estamos na década de 40(1940), e o nome do nosso herói é Sean, um irlandês que acaba se envolvendo com a Resistência Francesa durante a ocupação nazista, em The Saboteur.


O jogo aposta fortemente em uma temática reminiscente de filmes noir para o seu início, mas ela gradualmente cede espaço a um cenário mais positivo conforme o jogador progride e é bem-sucedido em suas missões. Como se trata de um jogo de época, a ambientação é um dos elementos principais — e o game realmente consegue reproduzi-la de forma adequada, passando ao jogador a sensação de estar no local.


Quem é essa no carro com ele? Você vai descobrir...


A tarefa não era fácil: era preciso introduzir um ambiente sombrio e deprimente, ao mesmo tempo em que deixasse possível ver a luz no fim do túnel. Isto porque o protagonista está lutando uma batalha nada convencional — seu objetivo é minar as operações nazistas ao mesmo tempo em que ergue a moral dos cidadãos franceses, de forma a engajá-los na resistência.


O protagonista em si é um tanto quanto incomum: Sean é um mecânico irlandês que acaba por envolver-se no mundo das corridas de carros, como piloto, e finalmente chega ao submundo da Resistência após alguns trágicos acontecimentos. É óbvio que existem mais camadas sob a superfície, que são descobertas ao longo da partida, mas não as revelaremos para manter o suspense.



A combinação de elementos de filmes “noir” e de uma jornada de vingança e esperança é bastante interessante. Juntamente com a recriação de uma França da metade do século XX, a imersão do jogador torna-se fácil e natural, já que não é nem um pouco difícil de acreditar que alguém poderia se envolver em uma situação destas naquele período — embora seja difícil de acreditar em algumas das decisões tomadas e da forma como os personagens agem, mas creditamos isso à liberdade “cinematográfica”, de forma a entreter.


Os carros, as casas e as roupas são todos inspirados em elementos reais da época — e o mesmo pode ser dito de tudo no jogo. Ao menos na parte da ambientação, o realismo foi buscado até mesmo nos detalhes, o que dá uma boa sensação de estar sendo transportado para o período da Segunda Guerra.


O contraste de cores é espetacular


Outro ponto essencial, e talvez o principal, é onipresença de tropas alemãs por todos os cantos. Onde quer que o jogador vá, encontrará inimigos. Por vezes eles serão mais cautelosos, em outras mais lenientes — mas o fato é que pode-se perceber claramente que a vida continua, embora não da mesma forma, mesmo que existam exércitos nas ruas.


Tudo regado a uma postura nada politicamente correta por parte dos personagens — afinal de contas, o mundo estava de cabeça para baixo naquele período. Ou seja, ouve-se muito xingamento e insinuações, mas nada apelativo que pareça fora de lugar. Apenas a raiva normal de cidadãos comuns embolados em uma trama de guerra...



Outro ponto bacana do jogo é a diversidade das missões. Em alguns momentos, elas são simplesmente motivadas por vingança. Em outros, elas buscam realmente ajudar a consolidar a Resistência Francesa. E algumas fazem, até mesmo, com que o protagonista se envolva em eventos muito além de sua compreensão e não tenha escolha a não ser cooperar e ver onde tudo vai dar.




De longe ou de perto? Você decideAs missões são claras e objetivas. Existe até mesmo um pequeno painel no canto superior direito da tela que mostra qual é o próximo passo para chegar ao objetivo final. No entanto, cabe a você escolher a maneira que considera melhor para completá-las. Isto significa que a maneira de jogar será diretamente relacionada a suas preferências.


Ou seja, se você é um bom atirador, talvez queira posicionar-se bem e eliminar todos os inimigos rapidamente e fugir loucamente antes que os reforços cheguem. Se é um bom estrategista, fará com que Sean ache o melhor caminho para infiltrar-se nos lugares despercebido — seja disfarçado ou de forma furtiva — e completar sua missão.


Algo que deve ser considerado em todos os momentos é o fato de que o protagonista é um exímio escalador. Por qual razão, nós não sabemos, mas ele pode escalar até mesmo a Torre Eiffel, deixando o Altaïr de Assassin’s Creed com inveja. Devido a esta característica, o topo de prédios e construções em geral são ótimos lugares para se posicionar antes das tarefas, de modo a ter uma visão geral do local e definir os próximos passos.




Fumar no alto de prédios, e na chuva? E ele nem tem o nariz tão grande...É sempre bom ter pontos de referência, e tenho certeza de que estou sendo um pouco tendencioso neste ponto — afinal, já passei bom tempo na França e conheço quase todos os locais representados no game. Mas, independentemente disso, é ótimo você ver monumentos mundialmente famosos, como a Torre Eiffel e o Arco do Triunfo, e poder interagir com eles — e, principalmente, matar nazistas neles.


Um que merece destaque é certamente o símbolo da cidade de Paris. Explorar a Torre Eiffel é extremamente gratificante — e a sensação de grandeza é fielmente reproduzida — e escalá-la é algo bastante empolgante. Existe até uma surpresa que aguarda os mais bem-sucedidos no topo... Caso consigam chegar até lá, o que requer um pouquinho de paciência.


Os mais desafiadores podem até mesmo praticar tiro ao alvo nos pássaros que passam por ali, do alto de um local minúsculo, correndo o risco de cair. Cada louco com a sua mania... Mas um pára-quedas para um pequeno basejumping não seria nada mal.




Embora os gráficos não sejam lá estas coisas , o trabalho de arte do jogo é fenomenal. O mesmo se aplica aos conceitos utilizados, que são ótimos mas, por vezes, não muito bem implementados. Algo que definitivamente poderia ser remediado, seja através de DLCs ou sequências, mas que está muito longe da realidade — devido ao fechamento da desenvolvedora Pandemic.


O fato de as áreas do mapa irem gradualmente se colorindo conforme Sean inspira os cidadãos com seus atos de sabotagem, as mecânicas de jogo que compõem a reação dos nazistas, as diferentes formas de ação e escape proporcionadas pelos sistemas de jogo, a personalização possível do personagem e dos carros... Tudo isso ajuda a criar um jogo mais profundo e interessante.


Ninguém pode negar a melancolia de uma imagem dessas


Afinal de contas, quem é que não gosta de jogar um inimigo do alto de uma torre enorme para em seguida descer as escadas deslizando, chamar um carro de resgate e pular para dentro enquanto tiros voam para todos os lados ao tentar despistar os alemães?




A trilha sonora do jogo é simplesmente envolvente. Ela é uma das grandes responsáveis, junto com a ambientação, por compensar a deficiência gráfica e realmente auxiliar na imersão do jogador no universo que The Saboteur tenta reproduzir. Músicas típicas da época, muito bem escolhidas para os diferentes momentos de ação e de depressão, fazem da música do jogo algo acima do padrão.


A única coisa que poderia ter sido melhor trabalhada é a atuação das pessoas que fazem as vozes dos personagens. Embora os sotaques sejam bastante distintos e nos deixem perceber de onde vem cada um deles, a emoção dos diálogos é frequentemente bastante forçada.





A arte conceitual é boa, mas na hora de transpor para o jogo em si... Nem tantoComo já mencionamos anteriormente, a parte gráfica — a técnica, especificamente — deixa muito a desejar. Existe screen tearing em vários momentos, a modelagem dos personagens poderia ser melhor, pop-ins são frequentes e as animações são realmente esquisitas em alguns momentos. A parte boa fica por conta dos elementos do cenário.


Cigarros que desaparecem do personagem, carros que demoram muito para serem destruídos — e que, antes de pegar fogo, mostram pouquíssimos sinais de dano — e sangue que não permanece em nenhum lugar por muito tempo (o mais frequente é na traseira de alguns modelos de carros, sempre no mesmo lugar) contribuem para uma sensação de que realmente faltou esforço na hora de trabalhar no conjunto gráfico.




Embora seja satisfatória, não gostei muito da jogabilidade por pensar que muito mais poderia ter sido feito a respeito. A jogabilidade permite que o personagem realize as diferentes ações tranquilamente, mas não parece intuitiva. Além disso, em vários momentos você bate em paredes ou dá voltas em objetos até conseguir fazer o que quer, devido à falta de precisão.


Os carros ou são muito ágeis ou muito lerdos. Ou seja, com alguns você mal consegue fazer curvas enquanto outros viram tão rápido que é impossível andar em linha reta. Esta confusão é um tanto quanto frustrante, embora seja possível se acostumar razoavelmente com ela.


As miras de armas — coisa que já não é confortável de utilizar sem um mouse — são muito pouco precisas a ponto de ser mais fácil andar com o personagem do que tentar movê-las. Embora seja possível entender que isto é para diferenciar as armas de curto e as de longo alcance, as distâncias médias ficam em um limbo no qual nenhuma arma é realmente eficiente, e é preciso mover-se.



Embora existam diversas horas em que o jogador se surpreende e acha bombásticos os acontecimentos, existe algo um tanto quanto difícil de explicar que deixa uma sensação de “eu esperava mais” — e no mau sentido. Este tópico foi difícil de colocar no papel (no computador, eu sei, mas enfim), pois é bastante complicado de explicar.


Resumidamente, o que acontece é que o jogo provoca, expõe algumas situações que têm potencial para revelar-se realmente empolgantes mas que no final das contas acabam sendo confusas, com milhões de inimigos na tela, ou mesmo anti-climáticas, quando a capacidade de Sean de aguentar inúmeros tiros torna a coisa toda bastante insossa.



Para mim, o jogo vale a pena. Para os jogadores que valorizam uma boa ambientação e uma história intrigante, além de alguns conceitos novos que podem ser bem explorados no futuro, também vale. Agora, para aqueles fissurados em recursos técnicos de ponta, certamente não vale. Isto porque o jogo peca exatamente nos quesitos que alguns jogadores consideram essenciais: gráficos e jogabilidade.


Um irlandês que faz parte da resistência francesa combate os alemães


É o tipo de jogo que fará com que as pessoas gostem dele ou não, não deixando muito espaço para o meio-termo. Isto porque sua temática agrada a alguns e desagrada a outros. The Saboteur certamente não é um título de ponta, que chegaria a ser nomeado como um dos melhores do ano, mas é uma experiência sólida e que rende muitas horas de diversão.



Create your own banner at mybannermaker.com!