PSP Go - Será que rola ?



“Revelado” na conferência de imprensa da Sony da Electronic Entertainment Expo do ano passado e lançado oficialmente no dia 1º de outubro de 2009, o PSP Go é a “evolução” natural das plataformas de jogo portáteis da Sony. 
Menor, mais fino, mais ergonômico e por que não, portátil, do que os seus antecessores, o PSP Go é a consolidação do futuro digital da Sony, um console pequeno e pronto para as tendências do amanhã.
Entretanto a evolução parece não conhecer as leis darwinianas e o que deveria ser melhor e mais adaptado não chega a superar seu predecessor “genético”, o PSP 3000.
Sem alcançar as expectativas dos executivos, o console perde cada vez mais terreno para os seus concorrentes (incluindo seus próprios companheiros de marca).
Agora, em meio a rumores de que a Sony estaria planejando um “relançamento” da plataforma — em uma tentativa desesperada de “resgatar” os anos de investimento, desenvolvimento e produção gastos com o console — Eu sugiro algumas atitudes que podem ajudar o PSP Go a alcançar todo o seu potencial.
 


Menor, mais fino e mais barato!


Antes de qualquer outra coisa o preço do PSP Go deve ser reduzido. Se o PSP 3000 já não é “leve” para o bolso dos jogadores, o novo portátil é ainda mais “salgado”.
E pior, oferece menos funcionalidades (não possui suporte para mídias físicas, bem como vários acessórios e cartões de memória do seu antecessor).
A primeira coisa a ser feita para salvar o PSP Go é reduzir o seu preço para que o sistema torne-se mais barato do que a sua contraparte mais robusta, o PSP 3000. A Sony afirma que a tabela vigente oferece uma margem maior para os revendedores, mas quem se importa com isso.
Além disso, a escolha pela distribuição digital como única forma de adquirir novos jogos impede que os jogadores comercializem cópias dos títulos adquiridos (como acontece com as cópias físicas) e maximiza os lucros da Sony — que por conta disso poderia arcar com um corte significativo nos preços da plataforma.

 




Eu já testei o PSP Go e de fato o console possui grandes valores, mas parece que a Sony testa a paciência dos jogadores (talvez seja uma pesquisa para saber quão fieis são os usuários da plataforma).
A emoção de desembalar o video game e ligá-lo pela primeira vez é sublimada pela frustração que vem ao perceber que você só pode jogar após um longo e tedioso período de download.
Isso porque o console não vem com nenhum tipo de conteúdo (bem que a Sony poderia incluir a DEMO de um jogo ou um PSPmini qualquer para dar um gostinho antes da consequente decepção).
Outra necessidade básica do PSP Go é a introdução de um sistema de suporte para downloads em segundo plano, bem como um gerenciador, que permita pausas e eventuais interrupções sem comprometer todo o processo.
Imagine ser incapaz de jogar ou fazer qualquer outro tipo de operação no seu computador toda vez que ele for fazer um download?




Se o console depende exclusivamente da distribuição digital para receber novos jogos e conteúdos, espera-se que eles sejam disponibilizados instantaneamente através de uma loja virtual especial. Os donos do PSP Go podem adquirir seus jogos, bem como uma sorte de itens e conteúdos extras para o console e para os jogos, através da PlayStation network (PSN).
Entretanto, a Sony apresenta um novo testa a fidelidade dos fãs, já que nem todos os títulos produzidos para o PlayStation Portable são disponibilizados simultaneamente em suas versões físicas e digitais (sendo que as cópias virtuais sempre chegam com algum atraso).
A falta de interesse da empresa na sua própria loja virtual afasta muitos jogadores e prejudica  prejudica a qualidade do serviço (que apresenta grande potencial). Afinal de contas, quem quer comprar um video game se não pode comprar jogos para ele?
A guerra entre a Sony e a Microsoft pode ensinar algumas lições para ambos os lados. A Microsoft exige prazos bem definidos para o lançamento de conteúdos na Xbox LIVE, ao contrário da Sony, que não se envolve com as distribuidoras quando o assunto é distribuição digital na PSN (entretanto a Xbox LIVE é paga, enquanto que a PSN é gratuita).




 




Uma das práticas mais desonestas com os jogadores, mas inegavelmente eficiente para a promoção de uma determinada plataforma, é a produção de títulos exclusivos de qualidade.
Apesar de questionável — convenhamos: as exclusividades servem para intensificar a briga entre as plataformas, apesar de não se apoiarem necessariamente sobre o hardware (Gears of War poderia rodar perfeitamente no PlayStation 3 e God of War não teria problemas com a estrutura do Xbox 360) — o elenco de exclusividades pode de fato impulsionar as vendas do console.
Se jogos de alto padrão fossem lançado exclusivamente para o PSP Go (sem direito à versão para o PSP 3000), isso faria com que muitos consumidores, antes em dúvida, optassem pela nova plataforma.

Será que vale a pena?



Essa é a pergunta que não quer calar: será que vale a pena “salvar” o PSP Go? A plataforma mostrou algum potencial, mas obviamente não está alcançando as expectativas (dos fãs, da crítica e da própria Sony).
O design atraente não é necessariamente “melhor” para jogar (exceto se você tiver mãos muito pequenas) ,e a ausência de suporte para mídias físicas é outro fator que prejudica a avaliação final.
Alia-se a isso um preço muito alto (aproximadamente 40 dólares a menos do que um PS3) e temos uma verdadeira bomba nas mãos.
A linha PlayStation Portable é muito boa e já mostrou que veio para ficar (apesar da recente escassez de títulos e do aparente descaso da Sony) e o sistema de distribuição digital e suporte da PSN também são outro trunfo da Sony.
Isso que nos faz pensar apenas em um suposto PSP 4000 com mais funções e suporte estendido  para PSN e não em um PSP Go revigorado.
No final das contas será que vale mais a pena investir em um PSP Go remodelado ou em um PSP 4000 (ou quem sabe no eventual PSPhone)?

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